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PORTAL DO SERVIDOR PUBLICO DO BRASIL: PÁGINA OFICIAL

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terça-feira, 19 de novembro de 2013

Dicas contra a dengue

Enquanto o Brasil não produz uma vacina contra a dengue, cujos estudos já estão em andamento, a única forma de evitá-la é eliminando os criadouros do mosquito. Isso significa que é preciso retirar a água (suja ou limpa) acumulada em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d’água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros recipientes. Além disso, materiais não mais usados devem ser recolhidos e jogados no lixo.
Dicas contra a dengue
*Em caso de suspeita, beba muita água e não use ácido acetilsalicílico (AAS), que pode favorecer o sangramento
* Use mais calças, porque os mosquitos picam mais nas pernas
* Seja um fiscal da dengue na sua casa e vizinhança, mas deixe os fiscais do governo inspecionarem a sua residência
* Coloque areia no prato dos vasos ou vire-os ao contrário
* Recolha e jogue fora tampinhas, latinhas, embalagens e copos descartáveis
* Vire de boca para baixo, sob proteção da chuva, garrafas, baldes e vasos vazios
* Lave com água e sabão bebedouros de animais domésticos e guarde-os quando não usados
* Vede bem as caixas d'água e lave-as periodicamente
* Limpe e desobstrua as calhas, para não acumularem água
* Não deixe água empoçada em lajes. Retire a água da chuva e nivele a laje
* Remova cacos de vidro que acumulam água
* Bromélias, espadas de São Jorge e outras plantas acumulam água. Portanto, não as deixe em locais abertos
* Cubra pneus usados ou furados para não acumularem água
* Clore e trate permanentemente as piscinas
* Entulhos acumulam água. Jogue fora o que não tiver utilidade ou mantenha o material em local coberto
Respostas de Caio Rosenthal às perguntas dos internautas:
- Como não confundir o mosquito da dengue com um pernilongo comum? Adriana – Campinas/SP
O mosquito da dengue é parecido com um pernilongo, do mesmo tamanho e com o corpo rajado, isto é, faixas brancas e pretas.
- O mosquito da dengue pode se proliferar em piscinas? Sirlley – Anápolis/GO
Se na piscina estiver presente a quantidade de cloro correta, o mosquito não se prolifera nesse tipo de água.
- Borra de café acaba com o mosquito da dengue? Edson – Fortaleza/CE
Ainda não existem estudos que comprovem que a borra de café na água parada possa inibir a deposição dos ovos da dengue.
- O mosquito da dengue vive por quanto tempo? Emerson – Paulo Afonso/BA
O mosquito da dengue pode sobreviver por no máximo 45 dias.
- Que cuidados deve ter uma pessoa que acha que está com dengue? Jadson – Ilha de São Pedro/SE
É sempre bom fazer o diagnóstico em uma suspeita de dengue, porque pode haver uma evolução desfavorável, com complicações como choque (quando a pressão arterial cai demais) e hemorragias. Assim, vc não é pego de surpresa. Além disso, se você souber que está com dengue, deve tomar mais líquidos (mesmo sem estar com sede) e, caso venha a ter a doença de novo, precisa saber que na segunda vez há mais chances de gravidade e complicações. De qualquer modo, sempre procure um serviço médico quando suspeitar de dengue.
- Quais os verdadeiros sintomas da dengue? Julia – Salvador/BA
- Algum sintoma da dengue pode passar despercebido? Gabriella – Echaporão/SP

Os sintomas mais comuns são: febre de início súbito, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dores nas articulações, dores nas costas, às vezes manchinhas no corpo, braços e tórax. Após 2 ou 3 dias, podem ocorrer náuseas, vômitos e muito cansaço. A duração total é de cerca de 15 dias. Já as complicações podem ser: palidez, extremidades frias, queda da pressão, tonturas e sangramentos (hemorragias internas e sangramentos visíveis).
Se a pessoa confundir os sintomas da dengue com outra doença e não tratar, ela pode arriscar sua saúde e até sua vida, se for um caso mais grave. Os sintomas na grande maioria das vezes são semelhantes a uma gripe comum. O ciclo da doença também tem começo, meio e fim.
- A dengue hemorrágica é causada por um mosquito diferente ou é o mesmo? Estácio – Irecê/BA
O mosquito é sempre o mesmo para todos os tipos de dengue.
- Sobre a vacina contra dengue, ainda não existe, mas já está prometida para daqui a três anos. As pesquisas estão muito avançadas.

Brasil tem 157 cidades em risco de dengue e 525 em alerta, diz Saúde



Ministério lança nesta terça-feira (19) campanha nacional contra a doença.
País notificou mais de 1,4 milhão de suspeitas em 2013, maioria no Sudeste.

Do G1, em São Paulo
54 comentários
Da esq., secretário Jarbas Barbosa, ministro Alexandre Padilha e ex-jogador Cafu participam do lançamento da campanha contra a dengue de 2013/2014 (Foto: Reprodução/Twitter/Ministério da Saúde)Da esq., secretário Jarbas Barbosa, ministro Alexandre Padilha e ex-jogador Cafu participam do lançamento oficial da campanha nacional contra a dengue de 2013/2014 (Foto: Reprodução/Twitter/Ministério da Saúde)
O Brasil tem 157 municípios em situação de risco de dengue e outros 525 em alerta, a maioria na Região Nordeste, informou o secretário de vigilância em saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, nesta terça-feira (19), em Brasília, durante o lançamento da campanha nacional contra a dengue, intitulada "Não dê tempo para a dengue" e encabeçada pelo ex-jogador de futebol e ex-capitão da seleção brasileira Cafu.
As cidades consideradas em risco, ou com sinal vermelho, são aquelas onde foram encontrados focos de dengue em mais de 4% das residências visitadas. Já os municípios em alerta ou sinal amarelo são aqueles em que houve foco em 1% a 3,9% dos domicílios.
Esses dados fazem parte do Levantamento Rápido de Índice paraAedes aegypti (LIRAa), que mediu o nível de infestação pelo mosquito em 1.300 cidades brasileiras. Ao todo, foram encontrados focos de dengue em duas a cada cem casas pesquisas para o levantamento, revelou Barbosa.
Em 2013, o país notificou mais de 1,4 milhão de casos suspeitos, um aumento de 54,6% em relação a 2010. No ano passado, entre janeiro e novembro, foram registrados 500 mil casos de dengue, e o governo atribui essa elevação à transição dos governos municipais, que teria dificultado os trabalhos dos agentes de saúde, e à entrada do sorotipo 4, ao qual grande parte da população ainda está bastante suscetível.
O Sudeste foi a região com o maior número de notificações da doença em 2013, responsável por 63,4% do total, seguido do Centro-Oeste, com 18,4%, apontou Barbosa.
Já as internações por dengue sofreram uma redução de 30% em relação a 2010, segundo o secretário. O grande objetivo do Ministério da Saúde para a próxima temporada, que vai de janeiro a maio de 2014, é diminuir a quantidade de óbitos e de casos graves – estes tiveram um aumento de 61% em 2013.
Segundo Barbosa, o Brasil já tem um dos menores índices de mortalidade por dengue das Américas – 0,03 óbito para cada cem notificações –, e com melhorias na assistência o país conseguiu evitar 394 mortes pela doença este ano.
Investimento de R$ 363 milhões
Para manter a atenção voltada sobre a dengue neste verão, o governo destinará mais de R$ 363 milhões a ações de vigilância, prevenção e controle. Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, alguns estados (como Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás) têm capacidade para diminuir ainda mais os óbitos e casos graves.
"Já conseguimos uma forte redução, mas esse número ainda não nos deixa satisfeitos. Observamos uma evolução muito rápida da dengue em pacientes idosos. Por isso, precisamos agir com mais cuidado. Profissionais estão sendo treinados para identificar sinais de alerta, fazer a prova do laço", disse Padilha.
De acordo com o ministro, muitas vezes os pacientes procuram um posto de saúde, mas não recebem acompanhamento durante a evolução do quadro. Quando acabam voltando à unidade, já estão em uma situação bem mais grave.
"Os médicos do Mais Médicos vão reforçar os cuidados da atenção básica nos bairros da periferia. Cerca de 80% deles vêm de países com experiência muito consolidada em cuidados com a dengue. Cuba, por exemplo, teve uma das menores letalidades quando enfrentou epidemias. Essa é uma das vantagens para as nossas equipes", destacou Padilha.
Segundo ele, os integrantes do programa participarão de uma videoconferência nesta quinta-feira (21) para obter mais informações sobre a campanha.
Sobre a presença de Cafu nos vídeos e no lançamento da ação, o ministro disse que o jogador tem a imagem de um líder que consegue mobilizar um time quando está em baixa e chamar a atenção.
"São lideranças como essa que precisamos em cada bairro, em cada comunidade do nosso país. Os municípios precisam de agentes de saúde assim para combater a dengue", afirmou Padilha.
Água x lixo
Há diferentes meios de proliferação para o mosquito da dengue, o Aedes aegypti, e eles variam de região para região. No Sudeste, por exemplo, 37,5% dos depósitos estavam em água armazenada em recipientes e 36,4%, no lixo. A maioria desses criadouros foram encontrados em domicílios, em pratos de plantas, caixas d'águas e outros locais.
Já no Centro-Oeste, o lixo é responsável pela maior parte dos depósitos do mosquito. Segundo o ministro Padilha, um ovo do Aedes aegypti é capaz de sobreviver até 300 dias em um recipiente seco, à espera de água.
"É por isso que pequenos detalhes em casa até grandes ações, como coleta de lixo e cata-bagulho, são fundamentais para enfrentar a dengue", ressaltou o ministro.
Para Padilha, o "campeonato" contra a dengue precisa começar antes que os casos apareçam, o que tem sido feito pelo ministério desde 2011, na tentativa de mobilizar os estados e municípios.
"O LIRAa é um guia importante de prevenção de risco, e serve para alertar os prefeitos sobre as ações de combate à dengue", disse Padilha.
dengue (Foto: Arte/G1)

Cientistas detectam anticorpo capaz de 'sufocar' e matar vírus da dengue

Pesquisadores isolaram anticorpo contra tipo 1 em paciente de Cingapura.
Doença transmitida por mosquito mata 20 mil pessoas por ano no mundo.

Da Reuters
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Cientistas isolaram em um paciente de Cingapura um poderoso anticorpo capaz de "sufocar" e matar o vírus da dengue, e esperam que isso possa resultar em uma nova arma para o combate à doença.
Não existe atualmente cura para a dengue, que mata 20 mil pessoas por ano, muitas delas crianças. O tratamento se restringe a combater os sintomas.
O anticorpo isolado estava entre 200 mil exemplares colhidos junto a cem pacientes que tiveram a doença e se recuperaram. Ele parecia capaz de matar todas as cepas conhecidas do subtipo 1 do vírus da dengue, segundo estudo publicado nesta quinta-feira (21) pela revista "Science Translational Medicine".
Há quatro subtipos diferentes do vírus da dengue, doença que provoca febre e dores intensas. Lok Shee-Mei, da Escola de Pós-Graduação Médica Duke-NUS e integrante da equipe responsável pela pesquisa, disse que o anticorpo "mata o vírus da dengue antes mesmo que ele tenha a chance de infectar qualquer célula".
Em experimentos com ratos, os pesquisadores viram que o anticorpo se estica sobre as proteínas superficiais do vírus, sufocando-o e isolando-o.
"Quando o vírus quer infectar células, precisa respirar e se expandir, então suas proteínas superficiais passam por ligeiras mudanças (...), mas esse anticorpo se amarra às proteínas superficiais, de modo que as proteínas não conseguem mudar de forma alguma. O vírus é incapaz de contaminar", disse Lok por telefone, de Cingapura.
Em comparação a outros compostos químicos que estão sendo desenvolvidos contra a dengue, o anticorpo matou mais vírus e agiu mais rapidamente, segundo Paul MacAry, autor principal do estudo, que é professor-associado de microbiologia da Universidade Nacional de Cingapura.
Os pesquisadores planejam em breve realizar testes clínicos em Cingapura com o anticorpo em pessoas contaminadas com a dengue tipo 1. Enquanto isso, a equipe está vasculhando sua biblioteca e espera encontrar anticorpos igualmente poderosos, especialmente contra os subtipos 2, 3 e 4.
MacAry disse que sua equipe já achou o anticorpo contra o subtipo 2, mas que ele ainda está em fase preliminar de testes.
Segundo ele, "90% de toda a dengue em Cingapura é do tipo 1 ou 2. Isso significa que, dentro de seis meses a um ano, teremos dois anticorpos que nos permitirão tratar a maioria dos pacientes no país".
Dengue (Foto: Arte/G1)

Monitore sua casa dez minutos por semana para evitar a dengue



minutos por semana para evitar a dengue

Dias quentes e chuvosos são favoráveis à proliferação do mosquito.
'Teste do laço' é feito em prontos-socorros para diagnosticar a doença.

Do G1, em São Paulo
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Dias quentes e chuvosos são muito favoráveis à proliferação do mosquito da dengue. E, para evitar uma possível epidemia neste verão, cada pessoa precisa fazer a sua parte, promovendo uma blitz constante dentro e fora de casa.
Segundo a infectologista Rosana Richtmann, presidente da Sociedade Paulista de Infectologia, é importante não só prevenir a doença, mas saber identificá-la. Por isso, ela mostrou como é o teste rápido, a olho nu, feito nos prontos-socorros para diagnosticar os pacientes.
Essa "prova do laço", porém, não deve ser feita em casa. Além disso, em pessoas negras ou muito idosas, pode não funcionar direito.
iNFO DENGUE (Foto: Arte/G1)
De acordo com o secretário em vigilância em saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, o inseto transmissor da dengue está presente hoje em mais de cem países, principalmente após o boom de urbanização, e é o mosquito com maior preocupação na área de saúde pública em todo o mundo.
O ciclo de vida doAedes aegypti, do ovo à fase adulta, leva de sete a dez dias. Se a verificação e a eliminação dos criadouros for realizada uma vez por semana, é possível interromper esse processo.
O ovo do mosquito é escuro e menor que um grão de areia, razão pela qual é difícil enxergá-lo. Ele é depositado nas paredes do criadouro, que deve ser escovada para a remoção.
Em contato com a água, se ficar no prato, o ovo pode eclodir em dez minutos. E esse é o tempo recomendado para uma checagem semanal em possíveis focos, a fim de combater a proliferação.Aqui, você pode imprimir uma lista de lugares na sua casa que devem ser monitorados.
A partir da eclosão dos ovos, nascem as larvas, que vivem na água. Por terem tamanho reduzido, semelhante à cabeça de uma agulha de costura, dificilmente são vistas. Elas não gostam de luz forte, e por isso fogem para as beiradas quando se abre a caixa d'água, por exemplo.
No Rio de Janeiro, que prevê uma explosão de casos de dengue nos próximos meses, a repórter Marina Araújo acompanhou uma blitz de fiscais e descobriu armadilhas que podem servir de berço para o Aedes aegypti.
O Rio é o estado campeão no número de ocorrências da doença. De janeiro a outubro de 2010, foram registrados 26.512 casos. No mesmo período deste ano, o número subiu para 155.771.
Dengue novo (Foto: Arte/G1)
De acordo com o infectologista Rivaldo Venancio da Cunha, o principal risco de uma pessoa com sintomas que esteve em uma unidade de saúde e foi examinada é voltar para casa e piorar o quadro.
Quando o paciente retorna à unidade de saúde, horas ou dias depois, já está em um estágio mais grave e pode até entrar em choque. Muitas vezes, as medidas tomadas acabam não surtindo efeito e o indivíduo morre.
No organismo, o vírus da dengue desencadeia uma reação inflamatória. Por causa disso, os vasos sanguíneos ficam mais porosos e extravasam plasma.
enquete dengue (Foto: Reprodução)